AGUARDEM!!!

Dia 25 e 26 de Janeiro

CFH

Circuito Feirense de Hold'em

LFP

Liga Feirense de Poker

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Victor Gustavo(Vitãoo00) consagra-se campeão da 2º Edição do Circuito Feirense Online (2013).

Victor Gustavo (Vitãoo00) consagra-se campeão da 2º Edição do Circuito Feirense Online (2013).





Confira como ficou o resultado final.


Confira como ficou o ranking final do Circuito Feirense de Texas Hold'Em.

Confira como ficou o ranking final do Circuito Feirense de Texas Hold'Em (2013).




Ps: Os vinte primeiros colocados tem o direito de participar do Top 20, com 1k adicionado.

Fernando Lago consagra-se Bi Campeão do Circuito Feirense de Texas Hold'Em.

Fernando Lago consagra-se Bi Campeão do Circuito Feirense de Texas Hold'Em.



O "Milagre" aconteceu!

Já temos o campeão da temporada 2013. Fernando Lago, com uma virada surpreendente, tira uma diferença de mais de 45 pontos e conquista o título de campeão feirense de texas Hold'em. Fernando iniciou a etapa na quarta colocação e após a eliminação do líder, Diego Cerqueira, na 17ª posição, viu que sua única chance de ser campeão feirense era cravar a 10ª etapa. Dito e feito, numa mesa final de alto nível, ainda teve que enfrentar Roberto Magnata e Matheus Barros, 2º e 3º colocados do ranking que também viriam a ser campeões caso cravassem a etapa. Não deu outra, mostrando um jogo muito técnico, Fernando manteve o foco e cravou a 10ª etapa tirando a diferença que precisava. Acreditem, Fernando ultrapassou Diego Cerqueira por apenas 0,4 pontos. Realmente foi de tirar o fôlego a reta final do feirense. Parabéns a todos que fizeram o circuito acontecer, parabéns a Diegao que fez uma belíssima temporada, a Galo pelo HU e parabéns ao grande campeão pela cravada na 10ª etapa e pelo bicampeonato do Feirense. Lembrando que os 20 melhores do feirense terão direito a jogar o torneio TOP20 em 30/11 com 1K adicionado. Grande abraço a todos!


quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Em artigo polêmico, Matt Pusateri afirma que Poker não é esporte! Confira.

Então pessoal encontrei esse artigo e achei interessante, é um contra ponto para racionalizarmos a questão do poker como esporte. Por muitas vezes vemos todos afirmarem que é um esporte e não ouvimos vozes contrarias. Apesar de não está muito embaso o autor da sua visão pessoal, o que ao menos, serve como uma reflexão para nós jogadores. Espero que gostem. Abraços

Há duas semanas, os restantes dez jogadores do World Series of Poker Main Event se sentou em uma mesa única de jogar até mais uma foi eliminada. Uma enorme multidão se reuniu para ver quem iria rebentar em décimo lugar e deixar o " November Nine ", que não vai jogar novamente até a queda, a fim de, aparentemente, construir hype e expectativa para o maior evento de poker televisionado. Como os jogadores e revendedores se sentou, WSOP presidente Jeffrey Pollackanimadamente twittered: "Center Court é embalado ... A expectativa é irreal. Totalmente eléctrico. Qualquer um que diga o poker não é um esporte precisa sentir essa energia ".
Outras celebridades do poker - Annie Duke, Phil Hellmuth, e Joe Hachem - fizeram publicamente argumentos semelhantes, muitas vezes, ao fazer o processo contra a legislação anti-poker, declarando que o Texas Hold'em é um "esporte". E depois há o fator ESPN: começando na noite passada, ESPN, o principal canal de esportes 24 horas começou a ser exibida a primeira de 24 horas de programação mostrando destaques do WSOP 2009. Esta é em cima das repetições intermináveis ​​de cobertura WSOP de anos anteriores. Se ESPN está a dedicar tanto tempo de antena para o poker, não que o apoio a noção de que o jogo é um esporte?
Tudo isso, é claro, é um disparate. Poker não é um esporte nada.
Gavin Smith
Poker pode ser um esporte quando é dominado por fora-de-forma, homens com excesso de peso?
Vamos tirar o óbvio do caminho: um monte de jogadores de poker são são gordos ou velhos. A "esporte", podemos supor, deve incluir algum nível de atividade física, o esforço atlético ou resistência, e poker é um jogo que exige pouco ou nenhum esforço físico. Além disso, muitas pessoas jogam poker em suas roupas íntimas (ou menos), em casa, on-line, enquanto comem pizza e pornografia surf. (Faça tudo o que enquanto carregava uma bola de futebol e tentar permanecer em seus pés, driblando 11 jogadores defensivos, e talvez eu vou chamá-lo um esporte.)
Não vou destacar o poker aqui: um monte de coisas que são competitivos, popular, e difícil não são esportes. Anos atrás, para uma revista extinta, eu escrevi um artigo definitivo sobre o que é - e não é - um esporte . Eu derivado a seguinte definição para um esporte: "uma economia competitiva esforço atlético humano em que vencedores e perdedores são determinados pela pontuação objetiva ou tempo." Isto exclui não só de poker, mas o golfe, patinagem artística, ginástica e NASCAR também. Então, muita, competive,, atividades amplamente difusão emocionantes populares não são esportes.
Vamos voltar para twittar sem fôlego de Pollack: "A expectativa é irreal Totalmente elétrico Qualquer um que diga o poker não é um esporte precisa sentir essa energia..." Tenho certeza de que foi emocionante, inferno, eu teria adorado estar junto lado dele no Rio assistindo tudo ir para baixo. Mas antecipação e energia não fazer algo um esporte. Se você já foi a um clube de strip, não pode haver uma energia "elétrica" ​​no quarto, mas ele não ' t torná-lo um esporte. Já vi jogos Madden, fooz bola, ou beer pong descer para o fio, cobrando a sala com energia e tensão e disparar espectadores, mas isso não quer transformar dessas atividades em esportes . Estive em mesas de poker onde o resultado de uma mão resulta em gritos e aplausos - como um esporte -, mas ainda é um bando de caras fora de forma jogando cartas.
O do World Series of Poker World Poker Tour e pode cercar torneios de poker com desordeiros, multidões gritando e fornecer play-by-play e cor locutores para dar-lhe a sensação de um evento esportivo, é ainda apenas cartões. Um dos motivos mostra como Poker After Dark e High Stakes de Poker fazer bem é que eles não se esforça para apresentar o jogo como algo que não é. Estes shows são tranquilos e, muitas vezes tenso, com os jogadores focados no jogo, e não em trabalhar uma multidão.
Eu amo poker. É um jogo muito bem: uma divertida e complexa mistura de habilidade, concentração, observação, intuição e sorte. É competitivo, exigente e, às vezes emocionante. Jogadores que atuam em seu jogo, estudo e prática, muitas vezes excel e consistentemente ganhar. Mas não é um esporte.
Não vamos tentar fingir que é algo que não é. Não é o suficiente para dizer que é grande e deixar por isso mesmo?

Pôquer é esporte? Matéria da Super Interessante.

Essencial

Pôquer é esporte?

O maior torneio de pôquer é transmitido para quase tantos países quanto a Copa do Mundo. Cada vez mais pessoas ganham a vida como profissionais das cartas. E mesmo assim ele ainda é ilegal. Faz sentido?

por Alexandre Versignassi

Alexandre Gomes é um dos maiores esportistas do país. Ganhou seu primeiro título mundial em 2008, aos 26 anos. Prêmio: US$ 770 mil. Um ano depois veio a consagração: 1º lugar no maior Grand Slam de sua modalidade. Mais US$ 1,2 milhão na conta. E o rapaz não para de colecionar vitórias. "Ééééé... do Brasil!!", diria o Galvão. 

Alexandre é jogador profissional de pôquer. Um dos mais bem-sucedidos. Mesmo assim, seus feitos somem diante das lendas do carteado de hoje. Phil Ivey, um americano de 34 anos, tem 22 títulos de primeira linha e US$ 13 milhões em prêmios. Isso só em torneios oficiais. Por fora é mais ainda: ele chegou a ganhar US$ 16 milhões numa tacada só, depois de uma partida que durou 3 dias (ninguém sai, ninguém sai) contra outro gênio do pôquer, o matemático Andy Beal. Se fosse boxe, teria sido a luta do século.

O mundo do pôquer, por sinal, nunca teve tantos milionários - o top 100 de quem mais faturou não tem ninguém com menos de US$ 3 milhões. Quem banca são os sites de pôquer online. Dinheiro é o que não falta ali. Em 2009, essa indústria faturou US$ 4,9 bilhões - 25% mais que em 2008. O maior desses torneios hoje, o World Poker Tour, é transmitido para 150 países. Quase uma Copa do Mundo. 

A onda extrapolou o mundo dos fanáticos e transformou o jogo num fenômeno social. Nunca tantos grupos de amigos se reuniram para jogar - principalmente a versão do pôquer usada nos megatorneios, a Texas Hold’em, que dá mais chances de blefar. Nisso, a coisa ficou mais organizada. Existe até uma Confederação Brasileira de Texas Hold´em, responsável pelos campeonatos nacionais. Só tem um probleminha aí: é tudo ilegal. Promover jogos de azar é algo proibido no Brasil desde 1941 - fora as loterias do Estado, só as corridas de cavalo estão livres. E a lei nunca mudou. 

Lá fora é parecido. Nos EUA você só pode apostar nos poucos lugares onde o jogo é liberado. O pôquer online, apesar de gigante por lá, só existe à margem da lei - os servidores dos sites ficam em outros países, geralmente paraísos fiscais, onde a legislação é frouxa. Mas tanto a banca como quem só quer apostar em paz defende uma mudança: a de que o pôquer deixe de ser considerado como jogo de azar. Vire um esporte, como o xadrez.

Exagero? Nem tanto. Nos jogos em que só a sorte conta, como Mega-Sena ou dados, é impossível perder de propósito. No pôquer dá (pode tentar em casa). E tem o maior argumento dos defensores: dizer que não haveria multicampeões de Texas Hold’em se o jogo fosse governado pelo acaso. Alguns números deixam claro o que o acaso significa em pôquer. A chance de você cair com uma trinca na mão, coisa simples, que todo iniciante espera em qualquer rodada, é mínima: uma em 46. Isso é mais difícil do que acertar um número numa roleta de cassino (uma chance em 37). Conseguir royal straight flush, então, é quase uma bênção divina. A possibilidade de cair com essa combinação imbatível de cartas altas do mesmo naipe é de uma em 650 mil; a de ser atingido por um raio, uma em 280 mil. Conclusão: não dá para ganhar com frequência, ano após ano, dependendo de eventos tão improváveis. Seria uma aberração estatística. 

A distribuição de mãos boas e ruins é democrática. Não há sorte que resista ao tempo. Depois de algumas horas de jogo, a mesa toda vai ter experimentado basicamente a mesma quantidade de sorte e de azar. A diferença é como cada um age nessas situações. Aí entra o cérebro, e o carteado vira xadrez. Ou mais do que isso.

Quem diz é Garry Kasparov. O Pelé do tabuleiro acredita que o pôquer pode lidar com a mente de uma forma ainda mais profunda que o seu esporte. E com uma vantagem: "Alguns aspectos do pôquer, como o gerenciamento de risco, são ba-seados na psicologia humana - coisa que talvez nunca seja reproduzida por uma máquina", disse. Truco, Deep Blue! 

No Brasil, olha só, a tese tem um defensor até mais poderoso. É o Instituto de Criminalística de São Paulo. Eles fizeram um laudo em 2006 declarando que o pôquer é, sim, um jogo de habilidade mental. O documento ajuda a Confederação Brasileira de Texas Hold´em a conseguir liminares para montar seus campeonatos. E também pode representar um primeiro passo para a legalização do pôquer. 

Não seria nenhum absurdo jurídico: no Reino Unido, por exemplo, até a versão online é regulamentada e paga impostos. Mas e aí? Com uma legislação assim no Brasil, o pôquer pode virar um jogo em que todo mundo ganha? Talvez valha tentar a sorte. Porque lançada ela já está
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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Corrida melhores do Ano. Confira o ranking atualizado.

Corrida melhores do Ano. Confira o ranking atualizado.



Não cometa mais erros grosseiros. Confira o artigo na sessão aprenda mais.

ERROS GROSSEIROS
Um torneio de alto nível é uma batalha entre mentes muito bem treinadas, capazes de suportar a tensão por horas a fio. Graças à prática extensiva e treino, os profissionais se acostumam a fazer análises abrangentes e profundas, que lhes permitem antever o curso de eventos, incluindo apostas, mãos e até mesmo níveis de blinds inteiros. Complexas árvores de raciocínio tático e matemático nascem e se ramificam a cada pote. Por outro lado, não há um único profissional – sem mencionar os amadores estudiosos e os jogadores casuais – que não cometa erros grosseiros de vez em quando. Chegou a hora de compreendê-los para então evitá-los
Deixar de enxergar uma oportunidade elementar, entregar o stack inteiro em um blefe que mais parece um suicídio ou dar um fold sem sentido, como isso pode acontecer? De que modo uma mente treinada e afiada pela experiência pode subitamente ter um ponto cego? Por que uma análise sistemática pode, de repente, ser substituída por caos e confusão? Que fator é esse, tão potente a ponto de fazer com que haja mais amadores do que profissionais nas mesas finais dos maiores torneios do mundo?
Por trás dos erros existe uma lógica estranha e, como quase tudo na vida, os acontecimentos tidos como “aleatórios” tendem a ter uma explicação. Certamente, Chris Moneymaker, Joe Cada, Darwin Moon e muitos outros jogadores de técnica duvidosa, agradecem a existência desses fatores ocultos. Nosso trabalho é encontrar o motivo dentro da psique do jogador: uma vez que tenhamos descoberto o porquê, podemos procurar maneiras de combater os erros do nosso próprio jogo.
A despeito de trabalhos extensivos da psicologia do poker, não há registros de pesquisas reais neste campo em particular. Assim, este especial é uma tentativa de abordar o assunto de forma sistemática, ajudando o estudante do jogo a reduzir a incidência dessas desagradáveis ocorrências. De fato, não houve nenhum torneio que eu tenha jogado, no qual eu mesmo não tenha sido afligido por tais fatores.
A VERTIGEM DO SUCESSO
“Quando eu aposto, não tenho medo de ninguém”, contou-me um jogador paulista com orgulho. Admitidamente, exceto pela última mão que você jogar em um torneio, não há nada mais concreto e definitivo do que o ato de apostar: esse é o motivo de os jogadores respeitarem tanto as bets e os raises, e de terem sempre em mente a possibilidade de executar tais movimentos quando estão analisando uma situação específica.
Devido a diversos fatores psicológicos, uma aposta ou um raise inesperado é capaz de desequilibrar a disputa de um pote, influenciando o resultado final. Estou falando daquele pote em que tudo está sob controle, você aposta procurando extrair valor de uma mão fraca e, de repente, ouve o imponderável: “Raise!” E tudo começa a desmoronar. Assim, devemos estudar a razão pela qual um jogador subitamente torna-se cego diante de um aumento, para evitar sermos afligidos pelo mesmo mal.
No início da minha carreira como jogador, cheguei à seguinte situação em um torneio: os blinds eram de 500/1.000 com antes de 100, e restavam apenas duas mesas, com cinco jogadores em cada uma delas. Era a bolha da mesa final e eu tinha mais de 30% das fichas totais do torneio – uma situação de vitória quase certa. Eu podia pressionar à vontade ou jogar de forma confortavelmente conservadora: fosse como fosse, o restante da minha mesa apenas se rastejava para sobreviver à bolha. Na ocasião, eu estava ganhando os blinds com apostas de 2,5 vezes o big blind antes do flop em todas as mãos já há algumas órbitas. Meu stack crescia e crescia, e ninguém estava disposto a me parar, então uma hora um jogador fraco me deu uma baralhada monstruosa pagando um all-in com J T contra meu J J, e acabou acertando um flush com uma única carta. Mas meu stack era grande e pôde suportar o baque. No entanto, fiquei um pouco aborrecido, já que meu estoque havia sido reduzido em um terço e agora aquele cara estava feliz e triunfante com o seu novo stack duplicado, que era então uns 2/3 do meu.
Em determinado momento, recebi A A. Eu estava no small blind e a mesa havia rodado em fold até mim, enquanto no big blind estava o dito baralhão. Ninguém me dava ação, exceto ele, com um stack mais saudável graças àquele tipo de milagre. Então entrei de limp, pensando: “Se esse cara acertar um par no flop, vai me entregar o stack todo”.
Por dentro, eu sabia que a vitória não poderia mais ser adiada. O flop foi aberto: K 64. Pedi mesa, e meu adversário também. No turn veio um 7 e eu novamente pedi mesa. Meu oponente apostou o pote e eu o aumentei em duas vezes e meia esse valor. Foi quando, de forma inesperada, meu adversário anunciou all-in. Até então eu me sentia nos céus com o meu overpair e por isso dei o call mais rápido da minha vida. Contudo, eu não esperava aquele raise, e imediatamente após ter pagado, antes mesmo que meu oponente mostrasse suas cartas, voltei a raciocinar e rapidamente me senti desabando do paraíso ao inferno. Percebi que era provável que ele tivesse um flush, uma sequência ou dois pares. Engoli a seco ao ver meu oponente acertar a mais óbvia das mãos: J 2.
Agora era eu que precisava lutar pela minha vida para não ser o bolha. Certamente, eu não deveria ter jogado desse modo, poderia ter conduzido a mão de forma menos displicente, apostando antes do flop, pensando na possibilidade de ele ter um flush draw depois, ou até mesmo dando fold nos meus ases ao ver o all-in inesperado. Mas algo falhou e toda a minha prontidão entrou em pane. Abaixei a guarda e, quando percebi, já havia sido fatiado em cubinhos pelo oponente iniciante.
Não havia limite para o meu aborrecimento. Algumas mãos mais tarde eu perdi um coinflip e acabei sendo o bolha do torneio. Um tempo depois eu vi na Internet Daniel Negreanu eloquentemente descrever como ele tinha tomado um raise inesperado que acabou arruinando seu trabalho de dias construindo um stack considerável em um grande torneio.
Ele escreveu: “Eu tinha um stack grande e era o segundo em fichas do torneio; tinha um bom ritmo de crescimento em fichas e, naturalmente, queria vencer o torneio o mais rápido possível. Então aconteceu a seguinte mão: Eu tinha dado call pré-flop com 4 6em uma aposta vinda do chip leader, que era um jogador amador fraco que tinha conseguido sua vaga em um satélite. O flop veio K J 7, meu oponente apostou e eu apenas paguei. O turn trouxe uma carta nula, ele pediu mesa e eu também. O river trouxe outra carta irrelevante, então ele pediu mesa e eu apostei um valor alto, o pote, pois queria que ele me pagasse com uma mão do tipo par do meio, pensando que eu estivesse empurrando diante da demonstração de fraqueza dele ao dar check-check no turn, seguido de check no river. Ele então anunciou all-in instantaneamente e minha boca movimentou-se antes de qualquer pensamento: ‘Call’. O desfecho foi simples: ele tinha A 2 e eu estava morto no torneio. Eu tinha uma mão grande e ele tinha uma maior, paciência...”
Essa explicação merece uma consideração. É verdade que às vezes uma mão enorme pode ser a razão de um erro, como podemos verificar em muitos outros exemplos. Apesar de tudo, eu não acho que somente esses motivos mecânicos explicam a falta de visão de um flush maior por Negreanu.
A principal razão para os dois erros é a diminuição do estado de atenção que ocorreu devido ao reconhecimento de que a vitória estava próxima. Estou completamente convencido de que se Daniel Negreanu possuísse um stack menor e estivesse com um ritmo de crescimento menos confortável, ele não teria deixado escapar a possibilidade de o adversário estar segurando um flush maior. O mesmo se aplica ao meu caso. Você pode ter certeza de que as possibilidades não teriam sido esquecidas se a situação no torneio fosse a de uma luta tensa em uma disputa difícil, ao invés de jogar para vencer um torneio ganho.
Phil Ivey já afirmou que acredita ser essencial para todo jogador forte desenvolver uma atenção imutável que deve isolá-lo completamente do mundo ao seu redor. Tanto eu quanto o monstro sagrado Daniel Negreanu falhamos em alcançar este nível de atenção nos dois casos observados. Sim, nós jogamos as nossas respectivas vitórias no lixo por estarmos excessivamente confiantes e complacentes. O fato foi que tínhamos uma grande vantagem sobre os demais jogadores à mesa e, por isso, abaixamos a guarda.
Eu chamo essa diminuição no nível de atenção quando a vitória está próxima de “vertigem do sucesso”. Praticamente todo chip leader de torneio sofre desse mal em algum momento, e é por isso que os líderes em fichas durante as fases intermediárias de um evento costumam morrer antes da mesa final.
No torneio de $100+9 de domingo no PokerStars que eu ganhei, em um dado momento ninguém menos do que “JohnnyBax” estava sentado ao meu lado. Nós dois estávamos grandes em fichas, tanto em relação aos blinds quanto à média do torneio. Quando o vi, pensei: “Tempos difíceis virão”. No entanto, nós nos confrontamos em um pote, e eu apliquei um movimento e surrupiei o pote dele. Então houve mais um confronto e eu extraí um bom valor induzindo-o a um blefe no river. Eram potes pequenos, mas na minha cabeça soava como: “Incrível, tô jantando o JohnnyBax!” Assim, depois de três ou quatro horas de torneio, Bax apostou do cutoff e eu dei call do button com 5 6(abusado ou não?); o flop trouxe Q 5 2, e ele saiu atirando ¾ do pote, daí pensei: “Bax está dando uma continuation bet. Em um flop seco desses ele não apostaria tão alto pelo valor e, mesmo que tenha algo como JJ, JQ ou KQ, ainda há uma grande margem para ele dar fold”. Eu sabia que ele confiava nas suas habilidades para efetuar um laydown e crescer seu stack em oportunidades futuras. “Aqui você não empurra!”, pensei. E voltei all-in. Detalhe: meu all-in era de aproximadamente cinco vezes o valor do pote! Ele foi para o extra-time, e o pior aconteceu: ele deu call com A Q, e todo meu stack e meu torneio estavam por um fio. Graças a Deus, um 5 milagroso bateu no river e “JohnnyBax” foi eliminado.
Não há dúvida de que a razão para o meu ledo engano foi o excesso de confiança, que sabotou o meu senso de perigo. Aí está a causa dos péssimos erros: o sentimento de exaltação e autocongratulação. Quando sua cabeça está girando devido ao sucesso, é a hora em que os erros começam a ocorrer. Um dos melhores jogadores da história do xadrez sabiamente afirmou: o sucesso passado é o maior inimigo do sucesso presente. Devemos tentar desenvolver uma regra para nós mesmos. Quando você enxergar que está perto da vitória, redobre a atenção. Quanto mais próxima ela parecer, mais base psicológica existe para se cometer um erro.

Outro exemplo nesse sentido aconteceu com o milionário Paul Phillips, um jogador amador genial, que havia ganhado e batido todos os tops players do mundo, conseguindo bons resultados consecutivos no Big Game, na WSOP e no WPT. Só que ele, ao enfrentar os tubarões do jogo em mais uma mesa final, acabou cometendo um erro grosseiro ao largar instantaneamente uma trinca no river, com medo de um improvável flush de copas, uma vez que as cartas do naipe surgiram na seguinte disposição: uma única no flop, e duas consecutivamente no turn e no river; e houve uma rodada de apostas bastante ativa no flop que quase nenhum jogador no mundo faria em busca de um flush runner-runner. Este é um caso em que não é necessário mais nenhum comentário. Phillips estava demasiadamente confiante por conta dos seus bons resultados recentes e não pôs em cheque seu impulso, elevando-o ao status de lei absoluta, sem a menor reflexão.
Algum tempo atrás, tive a oportunidade de analisar alguns hand histories de torneios meus com um amigo, e sempre fiquei surpreso com uma coisa estranha na forma de ele trabalhar. Tendo encontrado uma forma de ganhar o pote, ele em sequência começava a procurar por outra. Tudo parece simples: você tem uma trinca, aposta e extrai valor da sua monstruosa mão no river, mas o meu amigo não se satisfaz e tenta encontrar algo melhor. Ele me questionava: “Não é possível ganhar mais fichas dando um check-raise? Você não poderia ter dado uma overbet induzindo-o a blefar com todo o stack?” Eu perdi a paciência e disse alto: “Precisa disso tudo?” Mas meu amigo continuou em silêncio, enquanto usava o Excel e o poker Stove para calcular EVs – um hábito que ele mantém até hoje.
A explicação deve se apoiar na justificativa de uma mente inquieta tentando descobrir tanto quanto for possível sobre determinada situação, incluindo os mínimos detalhes, para conhecer a fundo todos os problemas estratégicos e truques táticos que uma situação pode conter. E então guardar isso na memória para que, em situações análogas, seja possível, no calor da batalha, desferir o melhor golpe.
Contudo, esse hábito tem um lado perigoso. Você encontra uma maneira de ganhar, mas não para por aí, e acaba procurando outra. Ao encontrar, comemora: “Que posição eu tenho! Posso vencer desse jeito, posso vencer daquele jeito”. Então descobre uma terceira possibilidade e realmente fica com uma alta opinião sobre si mesmo. Só que, nessas horas, você pode ficar tonto com o excesso de detalhes e cavalgar rumo ao abismo. Eu já vi esse amigo jogando certa vez e, posso dizer, é empolgante! Dúzias de check-raises, apostas mirabolantes e truques bem sincronizados, então POW! Subitamente ele perde todas as fichas cometendo suicídio em um único movimento – brilhante, diga-se, mas desnecessário e, por isso mesmo, estúpido.
Em situações como as do exemplo acima, um jogador pode ser vencedor de duas formas. Uma é simples e direta, a outra é bonita e envolve um arsenal de movimentos bastante ousados. Nessas horas, a personalidade do jogador se mostra com clareza: aqueles que realmente valorizam a vitória (leia-se, encher o bankroll de dinheiro), escolhem o primeiro método; os outros não precisam de nenhum convite para se sacrificar e não temem risco algum, ainda que isso envolva perder muito dinheiro.
Em todo caso, um jogador deve decidir de acordo com as suas próprias considerações, preferências e posição no torneio. Mas o brilho falso, especialmente quando foge à lógica da situação, deve ser considerado uma falha. A busca pelo brilhantismo é uma atitude errada da mente. Você pensa: “Eu posso inventar algo; veja, posso até mesmo me sacrificar dando uma carta grátis, eu tenho um full house”. E aí você está a um passo da vertigem que encoraja os deslizes. Note, no entanto, que o erro no poker nem sempre implica em perda: muitas vezes significa não ganhar o suficiente.

REFLEXOS CONDICIONADOS
Espero que meus colegas profissionais me perdoem por aplicar à nobre arte do poker um termo desenvolvido pelos fisiologistas em experimentos com animais, mas, na essência, o termo “reflexo condicionado” explica muito bem diversas ações de um jogador durante um torneio. Assim como um cão pode ser treinado para executar determinado movimento a partir de certo estímulo, muitas das reações defensivas automáticas dos jogadores de poker aparecem devido a inúmeras experiências de jogo que acabam moldando seus hábitos.
Recorde-se, por exemplo, do quão subconscientemente você cuida para que seu adversário não tenha as pot odds necessárias para buscar um flush draw, sem qualquer pensamento real, mas sendo capaz de assegurar a correção ou incorreção de uma jogada ardilosa ou a ameaça de um squeeze. Tais respostas automáticas geralmente são úteis porque aceleram os processos mentais da pessoa e a auxiliam a fazer uma avaliação correta dos planos estratégicos. Contudo, às vezes esse padrão pode ser danoso, como veremos nos exemplos a seguir, nos quais isso foi a principal causa de erros. Casos assim são comuns, e alguém que desejar estudar suas próprias reações e conhecer os melhores modos de ser um jogador vencedor no poker deve estar familiarizado com isso.
Quantos de nós, depois de apostar pré-flop, automaticamente fazemos uma continuation-bet no flop? Quantos de nós não apostam instantaneamente três vezes o blind com AK? É quase como se a sua mão quisesse clicar no mouse direto, sem que sua mente sequer pensasse. Em muitas circunstâncias, a jogada é correta e forçada, mas há exceções. Vejamos uma situação que aconteceu com um dos melhores jogadores que eu já conheci: ele estava em cinco mesas simultaneamente, quando algo aconteceu – havia recebido AA em três dessas mesas no mesmo instante. De forma automática, ele apostou três vezes o big blind em todas. Os flops foram abertos e ele apostou automaticamente mais uma vez. Então, em duas das mesas, um jogador voltou all-in e ele pagou. O que aconteceu? Na primeira mesa em que ele havia apostado, um oponente deu call e o flop havia trazido três cartas de espadas, sendo que, como os ases dele eram pretos, ele apostou mais uma vez e tomou reraise all-in, no qual deu call, mas perdeu para um flush feito. Na segunda mesa, ele apostou e um limper pagou. O flop trouxe perigosíssimos 6 5 4. Ele apostou, o adversário voltou all-in, ele deu call e viu uma trinca. Na última mesa, foi pago por um dos blinds, apostou novamente e seu oponente desistiu. Horas depois, o bankroll todo dele havia se esgotado, por conta de um tilt avassalador que o consumiu enquanto ele murmurava o quanto era azarado por ter perdido com ases em duas mesas simultaneamente.
“Ao apostar pré-flop, deve-se apostar depois do flop também”. Quantos torneios não foram perdidos por jogadores que seguiram cegamente esse reflexo? Quantas vezes desperdiçamos uma excelente oportunidade de roubo, simplesmente por causa da reação automática de se desistir de mãos como 7 4, T 2, Q 5 etc.? De quantos torneios nós fomos eliminados por causa de um reflexo condicionado de “se deu odds, eu pago” ou de “eu tenho AK, eu pago um all-in”?
Uma reação similar às citadas acima é aquela de “faça tudo de forma cautelosa”. Este é um principio norteador que fica por trás de muitos dos planos estratégicos e táticos de um profissional. Você pode achar difícil ir contra esse impulso, mas, em uma situação concreta, isso pode ser totalmente enganoso.
Certa vez, eu estava jogando um torneio e me vi apostando dois terços do pote com a melhor trinca possível por conta da presença de um flush draw na mesa, enquanto eu estava short stacked e deveria ter cozinhado mais o pote para extrair mais fichas e poder ressuscitar dos mortos! O fato de a textura do bordo ter um draw não faz com que seu adversário esteja, necessariamente, perseguindo aquele draw.
Um dos casos mais interessantes de reflexo condicionado ocorre quando demonstramos a predominância, sobre todos os outros fatores, do nosso respeito pelo poder absoluto de certas mãos que desde sempre aprendemos que são boas. Essa situação frequentemente se dá quando recebemos AA, e a melhor jogada – num determinado bordo, é claro – deixa de ser obtida porque você não é capaz sacrificar seu par de ases colocando-os no lixo ou ganhando um pote pequeno. Nem os jogadores mais fortes são imunes a essa doença.
Por exemplo, Layne Flack, provavelmente um dos melhores jogadores de no-limit hold’em do mundo, estava jogando a mesa final do WPT de Foxwoods em 2005 e enfrentava uma duríssima concorrência com Phil Ivey, Howard Lederer e Andy Block. O jogo já se estendia por horas e Flack não havia jogado nenhuma mão de maneira incorreta. Incrivelmente, ele conduzia suas cartas e jogadas de modo perfeitamente sincronizado com as mãos dos seus adversários. Era como se ele estivesse lendo a mente de Ivey e dos demais jogadores. Então, em determinado momento, Flack recebeu AA e errou pela primeira vez. Howard Lederer segurava KJ e tinha flopado os dois pares mais altos. Depois que essa mão acabou, Flack ainda tentava entender como aquele trem havia passado por cima de sua cabeça. Todas as fichas foram para o pano sem que ele sequer cogitasse a possibilidade de estar com a mão perdedora.
A partir de casos como esse, temos a confirmação de que, no calor da batalha, um jogador pode ser influenciado pelo excesso de confiança, por ter uma mão enorme ou por ter conseguido obter uma vantagem (o famoso edge) perante seus concorrentes. Nós já falamos disso mais cedo: é a vertigem do sucesso.
Outro típico reflexo condicionado capaz de produzir uma infinidade de erros é a supervalorização das cartas do flop diante das do turn e do river. Parece que as três primeiras têm mais poder, e que as demais não podem jamais melhorar a mão dos adversários. Quando se tem par de reis, um ás no flop geralmente faz os jogadores pisarem muito mais no freio do que quando ele aparece no turn. Por quê? Certamente existem explicações lógicas para isso, no entanto, elas nem sempre se aplicarão. Eu já assisti a uma mesa com Gus Hansen em que ele se suicida com QQ em um bordo com ás, empurrando e empurrando sem acreditar que seu adversário possa ter o ás simplesmente pelo fato de ele ter surgido no turn e o seu adversário ter dado call em um reraise no flop. Tenho certeza de que, se esse ás tivesse vindo no flop, Gus teria sido muito mais cauteloso e provavelmente não teria sido eliminado nessa mão. Tenha isto em mente: acreditar que algo não possa acontecer é a origem de muitos erros.

O PONTO CEGO E A REGRA DE BLUMENFELD
No livro “Física Recreativa”, o autor Yakov Perelman menciona um experimento interessante. Coloque uma pessoa olhando fixamente para um quadrado com grande ponto preto desenhado próximo a um de seus lados, e logo ela deixará de ver o ponto. A razão disso é que nós temos um chamado “ponto cego” em nossa visão, e simplesmente não enxergamos um objeto cuja imagem esteja nesse local.
Algo parecido acontece no poker. Algumas vezes, um jogador forte deixa de perceber um flush óbvio ou que ficará comprometido com o pote. Às vezes ele pensa que tem uma sequência ou flush quando de fato não tem. É como se as cartas por um momento tivessem saído da sua área de visão e ele se esquecesse delas completamente.
Um exemplo clássico de ponto cego aconteceu com Phil Hellmuth, que, pensando ter duas cartas do mesmo naipe (na verdade, eram apenas vermelhas), pagou um all-in na bolha de um torneio de $10.000 de buy-in. Sim, um campeão do mundo, esqueceu! Em outro caso, possivelmente até mais chocante, Phil Ivey deu fold na melhor mão na reta final do Main Event da WSOP 2009. De fato, há uma infinidade de jogadores que já passaram por situações semelhantes. Eu, particularmente, não conheço ninguém que já não tenha sido enganado por um ponto cego, crendo ter sequências fantasmas, confundindo AA com A4 e outras bizarrices do gênero.
Ao analisar uma situação complexa, o profissional naturalmente se preocupa em não deixar escapar nada da situação que ele está observando com profundidade. É difícil prever o que vai acontecer. Então, para perceber todos os detalhes no caminho de um futuro imprevisível, o jogador concentra toda a sua atenção nele. Entretanto, é comum ocorrer já nesse instante, na primeira movimentação, na base da árvore analítica, uma jogada horrível: o profissional não detecta um elemento tático ou uma ameaça óbvia. E esta é, com frequência, a razão dos seus erros.
Como alguém pode combater estas e outras tendências prejudiciais? O famoso mestre enxadrista Benjamin Blumenfeld estudou diversos fatores para revelar os aspectos psicológicos de alguns esportes da mente (até escreveu uma tese de pós-graduação sobre o assunto). Ele mesmo viveu ocasiões em que frequentemente também deixava de ver aquilo que estava bem debaixo do seu próprio nariz, e afirmou que a mesma coisa se aplicava, em graus variados, aos melhores jogadores do mundo. Para lutar contra esse grave risco ele sugeriu a seguinte regra, que chamarei de “Regra de Blumenfeld”. Simplificadamente, ela diz que “ao terminar de analisar todas as possibilidades, é preciso desligar-se da situação por alguns instantes e então focar-se novamente”. O enxadrista recomenda que você, antes de concluir sua análise, desvie sua atenção para algo fora do jogo. Pode ser uma garota bonita, um castelo de fichas ou um chip trick, não importa, desligue-se do jogo.
Tenho observado essa prática em muitos dos meus colegas de profissão. A grande maioria dos profissionais faz isso: eles estudam determinada situação, param, desligam e começam a brincar com as fichas, olhar ao redor etc., então voltam à realidade. Dessa forma, se distanciam daquele instante futuro no qual a mão vai se desenvolver – e para o qual devotaram uma valiosa parte do seu raciocínio – e retornam para o aqui e agora, para suas posições e suas cartas reais, para o bordo e para os adversários a sua frente.
A partir daí, com sua jogada já gravada (e ainda não efetuada) na mente, reveja suas cartas e o bordo. Não esteja no tempo futuro, mas no presente, reconhecendo a realidade e as preocupações do momento. Não se apresse tomar sua decisão. Gaste mais alguns segundos olhando a situação, aquiete o seu espírito, de modo a não ter motivo para se arrepender, e finalmente enxergue a situação pelos olhos de um jogador iniciante: atente-se apenas ao óbvio. “Qual jogo eu acertei até aqui? Posso perder tudo, ou boa parte do meu stack, nessa mão? Estou deixando alguma pista para trás?” Essas verificações simples quase certamente lhe salvarão de deixar passar algo imediato.
A inobservância da Regra de Blumenfeld elimina mais jogadores de torneios do que problemas com kicker. Ela é um sólido suplemento à análise fundamentada e ao jogo de poker vencedor, pois permite que você combine profundidade de pensamento e precisão prática com um jogo livre de erros grosseiros.

ANÁLISE OU JULGAMENTO ESTRATÉGICO: EIS A QUESTÃO
Existem inúmeras situações chave nas quais o desfecho de um torneio acaba sendo decidido em um único ponto. Só há um modo de solucioná-las com maestria: através da atenção profunda aos detalhes de uma posição complexa. No entanto, perceba que tais situações só podem ser dissecadas por este meio devido a sua natureza.
Em jogos duros, alguém frequentemente enfrentará uma situação complexa, em que a pesquisa pela jogada correta envolverá um número imenso de possibilidades. Na grande maioria dos casos, esse tipo de análise deve ser feita dentro dos limites do jogo pragmático. Contudo, haverá vezes em que o lado puramente prático das coisas (a saber, o instinto e o “olhomêtro”) induzirá o jogador a escolher outra linha completamente diferente.
Muitos autores já enfatizaram que um jogador que quiser se profissionalizar deve ser capaz de fazer análises precisas, pois é isso que decide a maioria dos torneios. De qualquer forma, há situações – até torneios inteiros – em que este processo passará para um segundo plano, e o principal fator será o entendimento da situação, a leitura daquele momento. Nesses casos, o profissional deve confiar na habilidade que foi desenvolvida com a experiência, algo que chamamos de “julgamento estratégico”.
Mas como decidir qual situação deve ser dissecada por análise e qual deve ser submetida ao julgamento estratégico. Isso geralmente é determinado pelo tipo de ação pré-flop. Quando ela tiver sido branda e sem contato direto das forças dos jogadores, a escolha da melhor jogada normalmente se baseará em fatores de julgamento estratégico. Quando a ação pré-flop conduz a uma luta aguda, cabeça a cabeça, é preciso parar e analisar, quantas vezes for preciso.
Então, pessoal, como eu disse ao longo do texto, fique atento para não ser pego pela “vertigem do sucesso”. Não permita que o excesso de confiança na vitória acabe lhe deixando cego para circunstâncias óbvias como a execução de uma jogada errada ou um oponente com uma mão melhor. Para evitar que isso aconteça, sempre que possível, faça uso da Regra de Blumenfeld: antes de executar uma jogada decisiva, analise, desligue-se da situação e retorne. Além disso, quando estiver diante de decisões chave, fique atento para saber qual método utilizar, se o analítico propriamente dito ou se o julgamento estratégico. Certamente isso vai fazer com que erros grosseiros sejam cada vez menos frequentes, quiçá até totalmente eliminados do seu jogo. Até a próxima! 

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